Henrique Mendonça Henrique Mendonça - Rap de Moisés - O Príncipe do Egito

O que você faria se crescesse deslocado
Com um povo de outra origem vendo como família?
Aprendendo a ver gente que tinha meu sangue
Como escravos porque da minha origem eu não sabia?
Sendo humilhado todo dia por um cara
Que se achava zilhões de vezes melhor do que eu?
Sendo que, na verdade, era inveja
Pois todos diziam que eu tinha talento
Porque Deus me escolheu

Por ordem do rei
Os bebês meninos dos hebreus deveriam morrer
Mas minha mãe me escondeu, me permitiu viver
E numa cesta de juncos, no rio, fui jogado
Na esperança que alguém pudesse me ver
A filha do faraó que estava nas margens
Me encontrou chorando naquela tarde
E, porque no rio fui encontrado, por ela ganhei um nome que dizia

Moisés, Moisés
Tire as sandálias dos pés
Porque o lugar que tu está é a terra santa
Eu sou o Deus dos teus pais e de Abraão, de Isaque e Jacó
Não tenha medo, pois te conheço antes de você nascer
E te escolhi para livrar, meu povo da escravidão, para casa os levar
E Eu serei contigo, pois Eu sempre fui, Meu filhinho
E ferirei o Egito com as Minhas próprias mãos

Então voltei ao Egito, pois estava foragido na terra de Midiã
Por defender um pobre hebreu que apanhava de um homem mau no Egito
Pediram o meu coração
Então pedi ao rei e meu irmão que libertasse meu povo da escravidão
E ele negou, mais de três vezes nos expulsou
Então, a partir desse momento, lavei minhas mãos e o Senhor começou

(Primeira praga)
Água se transformando em sangue
(Segunda praga)
Rãs e sapos por toda parte
(Terceira praga)
Mosquitos infestam o Egito
(E quarta praga)
Nuvens de moscas na terra do Nilo
(Quinta praga)
Doença nos animais
(E sexta praga)
Feridas assolam as pessoas
(E sétima)
Chuva de pedras
(Oitava)
De gafanhotos
(Nona praga)
Isenção de luz para toda a terra do Egito

Ouve-se um grito
É o choro de mil mães e pais, pois perderam seus filhos
Pois a décima praga e mais cruel
Foi permitida pelo Deus do céu
E por causa da maldade do faraó que desobedeceu ao Deus supremo
O anjo da morte levou os primogênitos

Então saímos do Egito com ouro e animais
Pois, pela dor, o faraó se rendeu ao Deus dos nossos pais
E quando estavam no deserto pensando em olhar pra trás
Percebemos que o faraó não tinha nos deixados em paz
Cavalos e carruagens infestando a paisagem
À nossa frente um mar e atrás um exército a nos cercar
Será o nosso fim? Por que Deus nos tirou do Egito para nos matar?

Moisés
Manda que marchem sobre esse mar
E no final irão Me adorar
Pois com os egípcios eu irei acabar
E quem contemplar saberá
Que Eu sou Deus, Eu sou o Deus

Agora Moisés diga para eles os Meus mandamentos
Só Eu sou o único Deus
Portanto não adorem nenhuma imagem
Não usem Meu nome em vão
E lembrem-se dos dias da Minha adoração
Respeitem seus pais, não matem ninguém
Não sejam coniventes com a traição
Não roubem, não mintam
Não cobicem algo que já pertence ao seu irmão

Moisés
Manda que marchem sobre esse mar
E no final irão Me adorar
Pois com os egípcios eu irei acabar
E quem contemplar saberá
Que Eu sou Deus, Eu sou o Deus